Flora e Vegetação da Macaronésia

Código

0105771

Créditos ECTS

6

Objetivos

1. Conhecer a singularidade ecológica dos meios insulares e em particular da Macaronésia e a sua história natural.

2. Flora e de vegetação, atributos e diferenças. Constituição das plantas e suas características morfo-anatómicas.

Principais regras de nomenclatura.

3. Origem, corologia e biogeografia da Flora da Macaronésia. Endemismos e os fenómenos evolutivos em ilhas.

4. Desenvolver capacidade de identificar as plantas naturais, bem como das espécies introduzidas.

5. Elementos bioclimáticos e vulcanológicos essenciais à ecologia e padrões de distribuição da Flora e da Vegetação. Origem dos tipos de vegetação natural, as suas tendências biogeográficas.

6. Principais tipos de vegetação natural da Macaronésia e a capacidades de os identificar. Reconhecer e compreender a paisagem natural e o resultado da sua interação com o Homem na matriz da paisagem atual.

7. Conhecer as principais plantas e tipos de vegetação protegidos, e regulamentação a considerar nos Açores.

Programa

Objetivos de aprendizagem

  1. Conhecer a singularidade ecológica dos meios insulares e em particular da Macronésia e a sua história natural. Reconhecer os conceitos de Flora e de vegetação, atributos e diferenças. Constituição das plantas e suas características morfo-anatómicas. Principais regras de nomenclatura. Desenvolver capacidade de identificar as plantas naturais, bem como das espécies introduzidas.

  2. Conhecer a Origem, corologia e biogeografia da Flora da Macaronésia e dos Endemismos e os fenómenos evolutivos em ilhas.

  3. Conhecer Elementos bioclimáticos e vulcanológicos essenciais à ecologia e padrões de distribuição da Flora e da Vegetação. Origem dos tipos de vegetação natural, as suas tendências biogeográficas.

  4. Identificar os principais tipos de vegetação natural da Macaronésia e a capacidades de os identificar. Reconhecer e compreender a paisagem natural e o resultado da sua interação com o Homem na matriz da paisagem atual.

  5. Conhecer as principais plantas e tipos de vegetação protegidos, e regulamentação a considerar nos Açores.

Conteúdos programáticos

Programa Teórico

  1. A Macaronésia e o seu enquadramento biogeográfico

  2. Flora

    1. Origem e biogeografia
    2. A Flora natural, endémica e a introduzida. Principais taxa
    3. Fenómenos evolutivos e biodiversidade
    4. Ecologia em meios insulares
    5. Valores patrimoniais e conservação.
  3. Vegetação

    1. Fatores ecológicos da Macaronésia e os grandes tipos de vegetação e sua ecologia.
    2. Classificação da vegetação
    3. Processos funcionais e adaptação aos meios insulares.
    4. O Homem no meio insular e a transformação da paisagem vegetal
    5. A vegetação como Recurso patrimonial e valorização ambiental.

Programa Prático

  1. Visita de estudo às principais formações vegetais dos Açores.

  2. Técnicas de identificação das principais espécies da Flora dos Açores, no campo.

  3. Reconhecimento dos principais habitats destas espécies e suas características ecológicas.

  4. Aplicação de metodologia de identificação e diagnóstico dos tipos de habitats, vegetação naturais e protegidas dos Açores.

Métodos de Ensino

Os meios insulares têm sido fundamentais no conhecimento em ecologia e conservação e a Macaronésia constitui um centro de atenções da UE. Dar a conhecer este património, desenvolver ferramentas para a sua identificação no campo e compreender o seu valor e conservação é de imensa importância num curso que tem a Natureza como campo de formação. As matérias estão organizadas com 50% das aulas de campo, em contacto com a flora e da vegetação. Uma parte dos objetivos - reconhecimento e identificação - são aqui desenvolvidos. Pretende-se uma base sólida teórica, assentes numa visão ecológica e de valorização e para a vegetação. Os Açores fornecem um ambiente com uma paisagem diversa e grandes espaços naturais, hoje reunidos num Parque Natural, de onde será tirado o máximo proveito na concretização dos objetivos, adquirindo capacidades de interpretar o meio insular.

Metodologias de ensino

Do programa, 50% das aulas são dadas em visitas de estudo e observação de campo e as outras em laboratório e sala de aula. Os métodos a adotar implicam exposição e explanação dos conteúdos, com base em imagens na sala ou de observação direta no campo, com visitação às principais áreas do Parque Natural, onde se poderá contactar com a maioria das espécies da Flora e dos tipos de vegetação. A discussão com elementos do Parque e a visitação de situações problemáticas permite reconhecer os problemas da sua conservação e valorização. 

 

Algumas visitas de estudo são realizadas em áreas de desenvolvimento de projetos científicos ou de conservação, o que permite o conhecimento e muitas vezes leva á participação voluntária em trabalhos em desenvolvimento. Todos os anos são disponibilizadas bolsas de iniciação á investigação nesta área para as quais tem sido convidados alunos. Na literatura fornecida são apresentados trabalhos realizados no campus o que permite uma discussão em torno desses projetos, levando os alunos a contactarem com as motivações e problemas que as atividades científicas levantam. A elaboração do Herbário com critérios científicos e muitas vezes integrado no Herbário da Universidade permite desenvolver um elevado nível de responsabilidade e de proximidade com a recolha de dados científicos.

Bibliografia

Dias, Eduardo, et al (2021). Vegetação dos Açores. in: A vegetação de Portugal; Eds. J. Capelo et al, pp.: 155-179. Câmara Municipal de Lisboa. Imprensa Nacional - Casa da Moeda

Capelo, J., et al. (2021). Vegetação dos Arquipélagos da Madeira e das Selvagens. in: A vegetação de Portugal; Eds. J. Capelo et al, pp.: 143-153. Câmara Municipal de Lisboa. Imprensa Nacional - Casa da Moeda

Aguiar, C. (2021). Evolução das plantas. Câmara Municipal de Lisboa. Imprensa Nacional - Casa da Moeda

Dias, Eduardo. (1996). Classificação da vegetação dos Açores, Ecologia e sintaxonomia das Florestas naturais. Universidade dos Açores. A.H..

Mendes, C. & Eduardo DIAS (2001). Ecologia das Turfeiras de Sphagnum spp. da Terceira, Açores. Cadernos de Botânica nº4. AZU. A.H..

Dias, Eduardo, et al. (2007). Biologia e ecologia das florestas das ilhas - Açores. In: Açores e Madeira: a floresta das ilhas, pp: 51-80; Público e Fundação Luso Americana.

Dias, Eduardo, et al. (2007). O elemento insular na estruturação das florestas da Macaronésia. In: Açores e Madeira: a floresta das ilhas, pp: 15-48; Público e Fundação Luso Americana.

DIAS, Eduardo, et al. (2005). Azores Central Islands Vegetation and Flora Field Guide. Quercetea 7: 123-173.

DIAS, Eduardo (2005). Lista de Referência da Flora Vascular dos Açores. Publicação www.angra.uac.pt/geva/webgeva/Scheklistacores/

DIAS, E. (2017). Guia das Turfeiras dos Açores: Classificação, Ecologia e Conservação. Centro de Biotecnologia dos Açores-CBA. http://eduardodias.com.pt/WETREST/livros/livro_turfeiras.pdf.

Mendes, C. & DIAS, E. (2017). Portugal - Açores. In: Joosten, H., Tanneberger, F. & Moen (Eds), A Mires and peatlands of Europe: Status, distribution, and nature conservation. Stuttgart: Schweizerbart Science Publishers.

Pereira, D., DIAS, E. & Ponte, M. (2017). Investigating the internal structure of four Azorean Sphagnum bogs using ground-penetrating radar. Mires and Peats, 10(13), 1-19.

Beentje, H. (2010). The Kew Plant Glossary. Royal Botanic Gardens. London.

Aguiar, C. (2018). Manual de Botânica I: estrutura e reprodução. IPB & CIMO. Bragança

Método de Avaliação