Técnicas de Monitorização Biológicas

Objetivos

1) Rever e aperfeiçoar o entendimento de conceitos biológicos básicos, tais como ambiente, biodiversidade, ecossistema, serviços dos ecossistemas; espécies nativas, endémicas, exóticas, invasoras;

2) Discutir a importância da diversidade de organismos nos processos existentes no planeta Terra;

3) Fazer uma breve introdução aos grupos de artrópodes e  briófitos, como um dos elementos mais ricos da biodiversidade dos Açores;

4) Alertar para a importância ecológica dos artrópodes e briófitos;

5) Treinar competências de monitorização ambiental utilizando artrópodes e briófitos; Monitorização de plantas vasculares terrestres Metodologias de amostragem de comunidades vegetais terrestre Metodologias para a elaboração de planos de monitorização

Programa

 

Parte 1. (12 h) Biomonitorização com Líquenes das condições atmosféricas soefeito de uma unidade industrial.

 

Trabalho teórico e prático com o objectivo de apreender os princípios básicos da biomonitorização, do valor dos líquenes como bioindicadores, desenvolver capacidades de elaboração de um programa prático, recolha dos dados numa estação e análise básica dos resultados.

 

Parte I – componente teórica

Líquenes como bioindicadores: estrutura, morfologia, classificação básica e ecologia. Relação com os factores ambientais e ciclos de crescimento. Espécies e o seu valor bioindicador; casos padrão

Métodos de estabelecimento de um programa de monitorização e características de uma rede de pontos. Sistemas internacionais de biomonitorização; identificação macroscópica.

Análise e tratamento dos resultados e abordagem á análise estatística e testes de hipóteses. O valor e os limites da biomonitorização com Líquenes. Exemplo de estudos.

 

Parte I – componente teórico-prática

Desenvolvimento de um programa de monitorização com líquenes saxícolas na Rocha do Chambre, considerando a fase amostragem, tratamento laboratorial e análise de resultado. Baseado nas séries de dados históricos já existente, preparação da situação de referência e análise da sazonalidade.

Fase da recolha de campo e visita de estudo ao local; desenvolvimento de metodologia para estabelecimento de quadrados permanentes. Recolha de dados por fotografia digital.

Fase de tratamento laboratorial das fotografias e quantificações das áreas por métodos computorizados (CAD).

Fase de análise dos dados e tratamento estatístico. Análise comparativa com as séries e situação de referência; discussão final.

 

Parte 2 (12h) Fauna inter-mareal como indicador de biodiversidade

Parte 2 – componente teórica

- Zonação inter mareal;

- Riqueza e diversidade;

- Métodos usados para o estudo de ambientes inter mareais;

- Preservação e conservação;

 

Parte 2 – componente prática

 

Com as aulas práticas pretende-se que o aluno:

1)    Reconheça os ambientes inter mareais como locais indicadores de biodiversidade;

2)    Conheça métodos de avaliação de diversidade nestes ambientes;

3)    Seja capaz de identificar os principais organismos presentes nestes ambientes;

4)    Consiga elaborar um relatório em que descreva os ambientes inter mareais nas suas várias vertentes.

Parte 3 (36h) Monitorização padronizada de Briófitos, Plantas Vasculares, Aves e Artrópodes

Parte 3 – componente teórica

 

Conceitos gerais de dversidade e raridade

 

- Indices de Hill (Expoente de Shannon-Wiener, Inverso de Simpson e Inverso Berger-Parker)

- Métodos expeditos para estimar a riqueza de espécies

 

Parte 3 – componente prática

 

- Briófitos, Plantas Vasculares, Aves e Artrópodes como bioindicadores e biomonitores de qualidade ambiental;

- Importância da recolha de dados padronizada em investigação ecológica (O Protocolo GIMS – Global Island Monitoring System;

- Utilização do código internacional DARWIN CORE para gerir dados de biodiversidade e carregar a distribuição das espécies no GBIF.

 

Métodos de Ensino

Aulas teóricas

- Apresentação dos aspectos teóricos focados no programa.

- Apresentação do trabalho prático: (i) técnicas de colheita de espécies e de informação; (ii) procedimentos para a conservação de grupos taxonómicos alvo; e (iii) requisitos para a execução do relatório, incluindo bibliografia de apoio.

 

Aulas de campo

- Saída de campo exemplificativa, para obter dados de composição e riqueza dos grupos taxonómicos alvo em condições ecológicas distintas.

 

Aulas de laboratório

- Identificação de briófitos recolhidos em condições padronizadas, com auxílio de floras, guias de identificação e chaves dicotómicas.

- Conjugação dos dados numa base de dados em Excel com formato de dados em DARWIN CORE, e introdução ao tratamento estatístico (estatística descritiva e inferencial).

- Indicação de elementos adicionais para a construção do relatório de avaliação.

 

Bibliografia

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Método de Avaliação